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Estudo revela que 17% dos médicos no Brasil utilizam Inteligência Artificial, o número entre os enfermeiros é de 16%

Estudo revela que 17% dos médicos no Brasil utilizam Inteligência Artificial, o número entre os enfermeiros é de 16%

A pesquisa TIC Saúde 2024 revelou que 17% dos médicos no Brasil utilizam tecnologias de inteligência artificial (IA) generativa em suas rotinas profissionais. O levantamento é realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e tem a coordenação cientifica comandada pela ex-presidente da SBIS e Editora Associada Sênior do JHI, Heimar de Fátima Marin. A pesquisa analisou a adoção da tecnologia em unidades de saúde públicas e privadas em todo o país.

De acordo com a pesquisa, a adoção da IA pelos médicos é de 14% em estabelecimentos de saúde públicos e de 20% nos privados. O estudo também mostrou que a utilização é mais significativa (20%) entre médicos que atuam em hospitais com mais de 50 leitos. Os principais usos identificados incluem o suporte às pesquisas (69%) e o auxílio na elaboração de relatórios médicos (54%).

Entre os enfermeiros, o estudo apontou que 16% utilizam IA em suas atividades, sendo 11% em unidades públicas e 26% em privadas.

A TIC Saúde 2024 revelou que apenas 4% dos estabelecimentos de saúde utilizam IA, com destaque para funcionalidades como a automatização de fluxos de trabalho (67%), o uso de ferramentas de IA generativa como ChatGPT e Bard (63%), e a mineração de texto e análise de linguagem escrita (49%).

Entre os principais obstáculos para a adoção da IA nos estabelecimentos estão a percepção de falta de necessidade (59%), a baixa priorização da tecnologia (61%) e os altos custos envolvidos (49%).

Capacitação e desafios

O estudo indicou que apenas 23% dos médicos e enfermeiros realizaram algum tipo de capacitação em informática em saúde nos últimos 12 meses. Os principais temas abordados nessas capacitações foram segurança do paciente (95%), ética e privacidade (85%) e qualidade dos dados (82%).

A pesquisa mostrou um aumento significativo no uso de sistemas eletrônicos para registro de informações dos pacientes, com 92% dos estabelecimentos adotando algum tipo de sistema. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o índice cresceu de 89% para 97% entre 2023 e 2024.

Nas UBS, a disponibilidade de dados em formato digital também aumentou: 95% das unidades possuem informações sobre vacinas digitalizadas, 96% armazenam o histórico dos pacientes e 76% mantêm dados de admissão, transferência e alta de forma eletrônica.

Telessaúde, Segurança da informação e LGPD

Cerca de um terço dos estabelecimentos oferecem serviços online, como agendamento de consultas e visualização de resultados de exames. A teleconsultoria é o serviço mais disponibilizado (30%), seguido pela teleconsulta (23%) e pelo telediagnóstico (23%).

O estudo também identificou avanços na adoção de medidas de segurança da informação, como criptografia de arquivos e e-mails, que cresceu de 46% para 54% em um ano. A implementação de plano de resposta a incidentes de segurança de dados pessoais foi adotada por 45% dos estabelecimentos privados e 14% dos públicos.

Os dados da TIC Saúde 2024 mostram que a digitalização na saúde está em crescimento, mas desafios como capacitação de profissionais e custos de implantação ainda são entraves para uma maior disseminação das tecnologias no setor.

SBIS - médicos no Brasil utilizam Inteligência Artificial 02

FONTE: ‘Dra. Inteligência Artificial’: 17% dos médicos no Brasil usam a tecnologia, aponta estudo

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